Observatórios espaciais - O porquê de um telescópio no espaço
Com os 30 anos do satélite Hubble no espaço chegando, decidi fazer um post falando um pouco do porquê organizações espaciais terem mandado telescópios para órbita da Terra.
Quando você observa corpos celestes por meio de um telescópio em qualquer corpo celeste com atmosfera (significativa), é normal ocorrer certa distorção. Porém, quando você começa a utilizar telescópios cada vez maiores, isso acaba se tornando um problema enorme. Um exemplo da distorção atmosférica é a cintilação das estrelas: Como seu tamanho angular (na astronomia, os corpos são medidos pelo seu aparente tamanho vistos na Terra por meio de ângulos) é pequeno, a luz provinda delas acaba sendo distorcida pela atmosfera, que age como a água do mar, mas claro, de uma maneira bem mais sutil, e como é pouca a luz provinda dela, essa luz se distorce quase que "completamente" por alguns instantes, dando a cintilação. Outra coisa interessante sobre esse fenômeno, e que astrônomos amadores já estão acostumados, é que quanto mais abaixo um corpo celeste está no céu, mais distorcido ele fica, pois tem uma camada maior de atmosfera distorcendo a luz. Segue uma imagem que eu tirei um tempo atrás da Lua, bem baixa no horizonte:
Quando você observa corpos celestes por meio de um telescópio em qualquer corpo celeste com atmosfera (significativa), é normal ocorrer certa distorção. Porém, quando você começa a utilizar telescópios cada vez maiores, isso acaba se tornando um problema enorme. Um exemplo da distorção atmosférica é a cintilação das estrelas: Como seu tamanho angular (na astronomia, os corpos são medidos pelo seu aparente tamanho vistos na Terra por meio de ângulos) é pequeno, a luz provinda delas acaba sendo distorcida pela atmosfera, que age como a água do mar, mas claro, de uma maneira bem mais sutil, e como é pouca a luz provinda dela, essa luz se distorce quase que "completamente" por alguns instantes, dando a cintilação. Outra coisa interessante sobre esse fenômeno, e que astrônomos amadores já estão acostumados, é que quanto mais abaixo um corpo celeste está no céu, mais distorcido ele fica, pois tem uma camada maior de atmosfera distorcendo a luz. Segue uma imagem que eu tirei um tempo atrás da Lua, bem baixa no horizonte:
note como as crateras estão bem distorcidas, esticadas.
E, além disso, a nossa atmosfera filtra ou censura alguns tipos de radiação, que podem ser úteis para adicionar ao nosso conhecimento do cosmo. Por exemplo, alguns corpos só podem ser vistos por meio do infravermelho, onda que recebe muita interferência aqui da superfície. Algumas apresentam maior facilidade para atravessar a atmosfera, como as ondas de rádio, em que são utilizados radiotelescópios, que foram úteis para descoberta de vários corpos, como os quasares e as estrelas de nêutrons (que aliás, é um fenômeno bem interessante, brinca um pouco com nossa intuição, talvez eu faça uma postagem relativo a isso). Enfim, espero que tenham gostado do post. Quero lembrar a todos os leitores (se é que há leitores, haha), que esse conteúdo, assim como toda a ciência é moldável, qualquer erro na publicação, e qualquer correção apontada nos comentários é extremamente bem vinda e de extrema importância, muito obrigado pela leitura :)
Alguns links para complementar o post:
https://nssdc.gsfc.nasa.gov/nmc/spacecraft/display.action?id=1966-031A (nesse link fala apenas do OAO 1, primeira tentativa de observatório, que não deu muito certo haha, mas nesse mesmo site da Nasa dá para encontrar informações do OAO 2, 3 e B, acho que pode ser interessante dar uma olhadinha, lembrando que o artigo está em inglês)
https://skyandtelescope.org/astronomy-equipment/beating-the-seeing/ (esse site fala um pouco sobre o atmospheric seeing, comentado brevemente aqui no post. Quem souber inglês, recomendo a leitura.)
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